31 de janeiro de 2010

Tipo #2

Preciso urgentemente de dormir.
Neste momento estou a entrar na fase vegetal.
Não é bom!

27 de janeiro de 2010

p.a II

O que é que andarás a fazer neste momento?
Mais uns pontapés na bola ou adormeceste?
Ou ainda estás no prolongamento?
E vais me dizer apenas que te esqueceste?

Não gosto da forma como me estás a levar
Num percurso que não consigo perceber
O verdadeiro rumo que irás tomar
E sem poder apenas uma palavra dizer

Será que estou a exagerar?
E tudo não passa de uma amizade?
E apenas estou a idealizar
Algo que já vejo como uma grande cumplicidade?

Não gosto do modo que me fazes sorrir
Fazendo com que nada mais importe
Mas custa-me mais quando te vejo a ir
Porque tenho medo que tudo isto se esgote

Mas que mais poderei fazer?

Quem espera, sempre alcança.
Quem espera, desespera.

25 de janeiro de 2010

A amiga do Secundário

Já nem sequer penso quem errou.
Nem muito menos quem tem razão.
E se a tenho não a quero para nada.

Hoje apenas só tenho forças para perguntar a mim propria porque é que ainda tens essa atitude?
Achas que ainda valerá a pena mais conversa?
Não se valerá a pena...
Ou se valerá ainda a pena...

Conversas.
Frases e mais frases.
Apenas três palavras...
Não quero saber!

Amiga do Secundário.

21 de janeiro de 2010

1º Semestre

O 1º Semestre, de muitos semestres que irei ter para o resto da vida, está a chegar ao fim. E parece que já ando nesta vida de cão há anos, e não apenas desde Outubro de 2009.


Quer dizer, vida de cão ando há 13 anos, desde o meu primeiro dia de aulas, do resto da minha vida. Desde esse dia, cada ano que passava tornavam a minha vida, cada vez mais, uma vida de um cão rafeiro. E eu a pensar que quando chegásse à faculdade iria ter vida de Patroa. Nunca deixei de ser aquele tipo de criança ingénua que ainda acredita nestas coisas, confesso!

Mas cheguei à conclusão que levei estes anos todos a tentar compreender tudo e mais alguma coisa. Apenas compreendi que há coisas que não se compreendem. São assim e pronto! Porquê? Porque sim! Treinam-nos como cães, ensinam-nos a sermos ferozes e ao mesmo tempo a sermos fofinhos, cães que só apetece as vezes dar um estalo para acordar para a vida! Só pergunto: Para que serviu isso tudo?

Chegamos à faculdade a pensarmos que já somos alguém na vida, que já adquirimos o patar master da nossa adolescência, então se tivermos entrado na 1ª fase, pensamos que somos mega inteligentes. Mas se até entrámos na licenciatura que queriamos, então somos mesmo ultra boss's. Entramos na faculdade com aquele entusiasmo todo, como se o mundo acabasse amanha, com vontade de fazermos tudo, de nos aplicarmos em tudo, de querer fazer tudo bem, até temos vontade de acordar cedo para simplesmente aprendemos alguma coisa. E apenas sentimos-nos 'grandes' porque estamos na faculdade. Aquela superioridade efectiva, que sempre desejámos alcançar.

Meus caros, apenas estou no 1º ano, acaminhar para o 2º semestre, e já percebi que não é nada assim. Lamento. Não queria acabar com as fantasias de algumas pessoas. Mas a vida é nua e crua. O pior é que depois de isso tudo, com o tempo começamos a reparar em pequenos promenores que se tornaram, os nossos maiores dilemas, defeitos, crises, o que lhes quiserem chamar.

Primeiro começamos a notar que inicialmente a turma onde estamos inseridos, no início parecia muito maior... é normal, muitos já não têm capacidade para aturarem aulas, já o fizeram durante 12 anos, para quê mais?! se estão na faculdade e são os ultra Patrões?! Depois a nossa paciencia de escrever alguns apontamentos nas aulas começa a esgotar-se... para quê apontamentos?! somos boss's e conseguimos interiorizar a matéria toda na cabeça sem quaisquer falhas?! Seguidamente pensamos em comprar uma agenda daquelas que só imaginavamos as pessoas mais velhas (do que nos) a usarem, daquelas que se escrevem com uma esferografica, para apontarmos as datas dos trabalhos de grupo... pois ainda temos alguma capacidade de precepção de que a nossa mente já está ocupada com a matéria toda que (pensamos de que) memorizámos?! Depois apercebemos-nos de que aqueles cães bem matreiros que aturavamos ou muitas das vezes pontapeávamos no secundário, também existem na faculdade... para quê trabalhos de grupo então?! Se somos superiores fazemo-los sozinhos?! Reparamos que não temos tempo para nada, os dias passam a correr e quando chega a altura do exame à que fazer cabulas... mas são apenas para os exames, se entrámos na faculdade somos ultra inteligentes e boss's, não tivemos foi tempo para estudar?! ...

Mas quando de facto abrimos a pestana... Esqueçam! É que é tão doloroso que não vos devia dizer... Ainda acham que tinham vida de cão? Isto não é vida de cão, é a vida real, aquela nua e crua que rreferi anteriormente.

Apercebemos-nos de que estamos sozinhos no mundo. Repito: sozinhos! Na faculdade é cada um por si, cada um a tentar rebaixar o outro para apenas ele proprio subir na vida. Mais de metade dos alunos que estam numa sala a fazer exame, levam cabulas. As notas altissimas que tinhamos no secundário, eram uma ilusão, na faculdade são apenas um sonho. Os amigos?! Esses formaram-se no secundário, na faculdade temos apenas colegas (há exepções claro ehe).

Quando nos apercebemos disto tudo, é que compreendemos que estamos na faculdade! Mas pensamos logo no mesmo instante: todos estes anos a matar-me a estudar para agora ser isto?! Para agora correr à procura de positas?! É que já cheguei à conclusão que não são os alunos que as roubam, pois todos nós andamos à procura delas, e quando um as tem... tornam-se tudo muito complicado!

A mudança é das coisas mais complicadas que a vida nos oferece, sem nos perguntar se estamos interessados. Mas adquiri apenas uma coisa - esperança! Esperança de que isto tudo não mude, seja sempre assim para todos os universitários, se não perderia a piada toda!

18 de janeiro de 2010

p.a

Obrigada pelos os sorrisos que me colocaste hoje nos lábios, pela forma como consegues me transmitir aquela sensação de algo de bom!

Como é que fazes isso? A sério, diz-me!

Gostava de o saber para poder fazer com que te sentisses assim, e talvez percebesses o quanto é bom, o quanto sabe bem estar assim. Ou talvez já sabes, e também o sentes.

Revelas a atitude, e com ela demonstras todas as pelavras que alguma vez poderias me dizer escrever, ou até mesmo gritar baixinho aos meus ouvidos.

Mas sei que um dia dizer-me-ás todas elas sem referires nenhuma.

AAA

Na quinta-feira morri.
Calma, não desesperem, é apenas uma expressão!
Estava no comboio a caminho da faculdade, para fazer o exame de Historia.


Sinceramente estava tão cansada que já nem me lembro se tinha estudado, se sabia a matéria.
Mas que matéria?
O senhor professor mal nos falou seja do que fosse que interessasse para a comunidade de Educação Básica.

Mas estava preocupada.
Este teste vale 25% da nota final, mas o problema é que os nossos antepassados não revelaram um nível satisfatório, nesta disciplina. E considero que o docente não tem aquela capacidade para captar a atenção dos seus alunos. Poucos o têm. Mas neste país ainda há alguns. Poucos mas bons!

Pena que não tive essa sorte. Nem eu, nem o Politécnico inteiro.
Por isso, não rezei, não desesperei, não chorei, não gritei.
Apenas tentei ainda ter capacidade mental para superar aquela pequena mas grande dificuldade.

O que aconteceu, aconteceu! Serei forte seja qual for o resultado!

7.30h

7.30h é sempre aquela hora master!
Já não estou habituada a ser confundida com a multidão da minha Capital.

A semana passada apanhava o autocarro as 6.30h. Era o paraiso, tirando o facto de que na minha mente apenas estava uma cama e uma almofada. Mas só o entrar no autocarro e ter a fila de trás so para mim, deitar-me a ouvir música, sonhar que ainda estou na minha cama, coberta de sonhos e fantasias... Chegar a Lisboa e não ter que correr para atravessar a passadeira enquanto ainda está verde... As estradas são nossas! Entrar no metro com a maior das calmas e ter sempre um lugar para estender as pernas...


1h de diferença! 1h que faz com que deixemos de ser Uma pessoa, misturamos-nos na multidão e passamos a ser apenas Mais Uma pessoa.

Fiquei logo stressada!

O transito é o elemento mais próximo para termos um AVC aos 18 anos.

16 de janeiro de 2010

Tipo #1

Daqui a menos de 2 horas, vendo bem, já estou acordada à 24h.

Um dia faço reset

Já faz 2 anos que a minha Mente sofreu a primeira avaria. Nunca mais voltou a ser a mesma! Nunca mais consegui fazer um reset completo a todos os ficheiros ou programas que tinha instalado na altura. Parece que perdi uma Peça. E sem me aperceber fui reinstalando alguns programas que ficaram mais derramados e coloquei outros mais actualizados. Mas por mais programas que instale novamente e novamente, há sempre Aquele Peça que me faz falta.

Durante estes 2 anos já me apaixonei novamente.
Já fui feliz novamente.
Já chorei novamente.
Já sofri novamente.
Mas não ultrapassei novamente.

Porque como é que ultrapassamos algo idêntico a algo que ontem não ultrapassámos? Não ultrapassamos simplesmente.
Começa a ficar tudo retido, e a memória começa a dar de si e o disco C começa a dizer que está cheio. E ai ou mudamos tudo para o disco D e temos capacidade de ainda suportar mais programas e ficheiros, ou limitamos-nos a apagar tudo o que estava no disco C.

Já faz 2 anos que não consegui fazer nem uma coisa nem outra. Talvez se calhar tenha optado pela primeira opção, e tenha tentado acumular alguns ficheiros por não ter tempo (ou não querer) apagá-los naquela altura. Mas qual será a altura certa para o fazer?

Sinceramente sei que já o devia ter feito algum tempo. Mas de uma maneira ou de outra sei que é ele que me preenche, é ele que me entende da cabeça aos pés, desde os meus filmes mais escandalosos e estupidos, até a minha verdadeira identidade. Ele é a Peça que sempre fez falta nesta Máquina. E nunca vou poder fazer um reset completo sem essa Peça elementar.

Até lá contento-me com os ficheiros que tenho, e tento arranjar espaço para mais, sem nunca apagar os mais antigos.

12 de janeiro de 2010

Em Retiro admitido



Pronto! Admito que entrei num profundo e complexo Retiro de Exames.
Só que pergunto, e Vida? Onde é que a coloco? Já faço um esforço para a manter Viva todos os dias, tento que ela nao morra na rotina e no tédio do dia a dia, mas agora não ter tempo para lhe mimar, para lhe dar a alegria que ela merece, é demais!

Durante 12 anos fui treinada como um animal de estimação. Cheguei até mesmo ter vida de cão, e dos rafeiros! Mas sempre desejei este momento na minha vida - faculdade, aquela superioridade efectiva.
E sei que todo o trabalho tem recompenssa. Mas nem quando tinha vida de cão era tão duro.

Estou a entrar em fase de pré-suícidio de todos estes meses de trabalho de mente, de esforço diário para superar mais um dia. Deve ser por ter terminado o 1º semestre e ter aberto o ano de 2010 com a época de exames. Mas não são uns exames quaisquer - são os exames do meu primeiro ano de faculdade!

Agora que admiti que entrei em Retiro, espero que nada me chateie, pelo menos mais do que o costume. Agradeço a todos aqueles que me compreendem e rezam todos os dias, antes de se deitarem, a todos os santinhos, que eu no dia dos exames tenha capacidade mental para os fazer... Para o resto do ano já não necessito dela, por isso peçam só mesmo, especificamente, para só ter saniedade mental nos exames.

Acreditem que também estou com voces em pensamento, pois sei que muitos também sofrem do mesmo que acabei de descrever. Unidos vamos sobreviver a esta fase má, e iremos voltar a ter vida de rei e não de cão!

Retiro-me para o meu Retiro em Exames.

10 de janeiro de 2010

18 são sempre 18




Ontem foi apenas mais um dia para mim e se calhar para muitas pessoas. Mas para a M. foi o seu dia. Completou ontem 18 anos de existência, 18 anos de sobrevivência! Foi mais uma noite... Mas foi essencialmente aquela noite em que lhe demos tudo o quanto lhe poderiamos ter dado.

É estranho ver os amigos crescerem... Vê-la crescer! Talvez esteja aqui com melodramas porque 18 anos sempre foi e será aquela cena. Ok! Também nunca percebi isso dos 18 anos. Porque já somos adultos perante a lei? Porque já podemos beber alcool e apanhar bebedeiras até cairmos para o lado? Ou comprar tabaco e fumar até não termos pulmões? Porque já podemos ter a carta e conduzir que nem uns loucos nas autoestradas?

Por todas estas e outras coisas, eu queria imenso fazer 18 anos. Assim como muitos devem o querer fazer! Estamos numa idade de fazer tudo o que nos vem à cabeça, sem pensarmos nas consequências, porque a nossa mentalidade ainda não atingiu o seu ponto de maturação (existem pessoas que nunca irá atingir, mas isso é porque a maluquice está lhes no sangue).
Mas uma coisa vos digo: e as responsabilidades? Independentemente de vivermos com os pais ou família, e não termos ainda contas para pagar, etc, estamos por nossa conta. Crescemos automáticamente para o país!

Mas e a nossa mentalidade?

Fazemos sempre algo mais especial só porque são os 18 anos...
Mas e os 17? E os 19? Ou os outros anos todos?
É tudo uma questão de ilusão!
Quero é ser criança sempre, tenha 18 ou 100 anos!

7 de janeiro de 2010

Desculpa, meu Eeezinho

Hoje que dei-lhe o previlégio de assistir à minha última aula de Física (aquela disciplina que venero acima de qualquer uma), e aparentou estar apenas com 1h de vida.
Claro, eu sei! Não lhe posso pedir muito hoje. Acho que estou a exagerar e a ser demasiado exigente com ele, visto termos ambos adormecido por volta das 3 da manhã. Ah pois! Este menino teve a sua primeira noitada. Não foi muito agressiva, mas a primeira vez (seja do que for) custa sempre. Depois habitua-se. Mas não quero estes habitos. Não fez lhe faz bem, nem a ele, nem muito menos a mim.

Hoje vejo no que deu. Deve estar de ressaca! Tive que lhe dar a sua comidinha, na aula seguinte - História - visto que eu precisa da sua companhia. Espero não o estar a habituar mal, sinceramente... Tenho receio de que daqui algum tempo me venha dizer que se tornou dependente da comidinha. Mas quando essa hora chegar, serei forte! Por ele e por mim!

Mas chega de falar em hábitos! Há algo muito pior do que hábitos!
Deparei-me com o seu primeiro arranhão! A sério, ele não merecia tal ferida assim, não desta forma. Ao menos fiz-lo inconscientemente. Mas estou em estado de choque!
 
Acabamos sempre por magoar mais aqueles de quem mais gostamos.

6 de janeiro de 2010

A sério




Bastará nunca sermos injustos para estarmos sempre inocentes?

Essência

Por vezes deixamos de ser o que realmente somos, ou o que sempre fomos.
Mas o que faz com que sejamos aquilo que somos, é o que nos torna únicos!
Hoje já não consegui ser o que tenho tentado ser.

Quanto custará sermos verdadeiros?
Em quase 19 anos, nunca me recordo de alguma vez ter pago, seja o que for (até mesmo quando o escudo passou a ser euro), para ser verdadeira.
Verdadeira Comigo, Contigo, com Eles... Mas verdadeira!
Era isso que eu considerava a minha essência.

Hoje já não consigo ter essa essência.

4 de janeiro de 2010

Rascunho para a reciclagem

Fechei a porta para ti
Nem sei onde coloquei as chaves
Porque nunca a mais as vi
E assim sei que nunca a abres
Apenas quando te apetece
Mas isso é passado
Pois tudo em ti me aborrece
Não passas de um tostão furado
Que encontrei no meio do chão
Exactamente como me deixaste
Sem dares uma mera explicação
E numa palavra tudo acabaste

Rascunho mais que riscado

Mais um choque que me matou mais um pouco
Em vez de me furar toda por completo
Vai furando deixando o meu coração louco
Sem sequer conseguir ouvir o meu proprio eco

Não consigo guardar este rascunho
Por mais riscos que lhe faça
E lhe bata fortemente com o punho
Há sempre ainda algo que o amassa

É como uma página que não consigo guardar
Até já desisti de rasgar
Por mais que tente não o quero recordar
Porque só me consigo magoar

Haverá algo mais verdadeiro do que a cumplicidade?
Algo que nos cria um brilho no olhar
Sentimentos numa eterna profundidade
E nem nos queremos questionar

Mas só quero é deitar tudo isto fora
Porque só assim é que crescemos
E construo a pessoa que sou agora
Apesar de, nem tu nem eu, não nos esquecermos.