29 de março de 2010

Tipo #5

Alguém me explica porque é que nunca existiu intervalo em N.O?
A sério, não levo a mal se a resposta não for do meu agrado.
Mas estar obrigar os meus olhos às 8h30 da manhã até as 10h30, às segundas-feiras, a verem números e mais números, não obrigada!

É que eu até gosto da disciplina.
Mas preciso de manter a minha capacidade mental sã para os exames no final de semestre.
Por este andar não sei se conseguirei atingir esse objectivo.

Somos roubados todas aquelas santas aulas.
10 minutos fazem a diferença.
10 minutos são como um sol que surge no meio de uma tempestade.
10 minutos daquelas horas são fulcrais para o meu estado de espírito.

Se já tinha frito a minha mente, então agora encontro-a perdida.

26 de março de 2010

Dia do Estudante


Ontem foi o Dia do Estudante.
Eu pertenço a esse escalão.
Mas sinceramente não sei se digo feliz ou infeliz. Quer dizer, há tantos feriados ou dias especiais, como o Dia da Água, o Dia da Poesia, o Dia da Árvore, o Dia do Pardalito se for preciso.

O Dia do Estudante, existe apenas escrito nalgumas agendas. E mesmo assim não aparece em todas.
Somos dos cidadãos que mais trabalhamos durante pelo menos 12 anos seguidos. Muitos de nós nem têm direito à salários, nem a folgas semanais.

Até mesmo quando ficamos doentes temos que apresentar uma justificação fiável dado as circunstancias.
Somos altamente explorados com trabalhos diários, até nos mandam trabalhos extras dando-lhes o nome de 'tpc's'.

E no nosso Dia o que nos fazem?
Ou o que fazem por nós?

Simplesmente passam o Dia como se nada fosse, como se não estivessemos presentes neste mundo (ou pelo menos no deles).
É um dia como outros tantos ndo conjunto dos 365 do ano inteiro.
Temos aulas, e se preciso ainda é o Dia em que nos mandam mais trabalhos para realizar (como se estivessem mesmo a rir nas nossas barbas).

É que nem agora posso dizer que tenho 3 meses de férias como quando estudava na escola.
Na faculdade bem tentamos que o 'escalão estudante' dê significado ao local onde nos encontramos (Ensino Superior). Mas até nesta fase a nossa vida é dificil ter essa superioridade.

Resta-nos aproveitar a fama que temos das bubas e de sermos loucos com vontade de viver tudo hoje porque o mundo acabará amnhã.


24 de março de 2010

8º ano

As férias da pascoa vêem ai.
Duas maravilhosas e magnificas semanas de férias, após mais um longo período de aulas.
Era bom quando pensava assim.
Era bom estar no 8º ano de escolaridade.

Mas agora estou do outro lado, o lado do professor que tenta fazer com que os alunos, que estão todos os dias perante a sua presença, se tornem futuramente bons cidadãos, pessoas cultas e bem formadas.
Não importa se sabem a matéria de cor e salteado, ou se são super-hiper-mega inteligentes.
O que importa é que no futuro saibam tomar as suas próprias decisões, e que sejam pessoas assertivas.

Pelo menos é o que me tenho apercebido nos últimos meses, ao dar aulas aos alunos do 8ºD, da Secundária Sebastião da Gama. Inicialmente estava tão nervosa, deixando que o medo de ser rejeitada ou ignorada por aqueles adolescentes de 13 anos se apoderasse totalmente do meu corpo, mas essencialmente da minha mente.

Hoje ao fazer uma retrospectiva de todas as aulas leccionadas, consigo ver tudo de uma outra forma. Inicialmente quando eles falavam até doerem-lhes as bocas (o que era impossível, pois têm uma resistência nata), ou quando não prestavam atenção ao que eu dizia, como se eu fosse de outro planeta e não comunicássemos da mesma maneira, ou quando brincavam com todo o tipo de objectos e, basicamente faziam tudo nas aulas sem ser o que lhes era pedido - não liguei, nem lhes dei muita importância. São miúdos!
Mas particularmente porque já tive a idade deles, sei como era, sei a aluna que era. A minha mão pedia-me apenas para nunca ser mal-educada.

Mais tarde apercebi-me que esse facto não era desculpa para não lhes chamar à atenção.
Todos passamos pela adolescência, aquela bela fase do armário e tal.
Mas temos que crescer.
É um processo que leva o seu tempo e que custa.
 Dói crescer! Mas se não lhes mostrarmos de que é importante crescer, para futuramente sermos autónomos, termos capacidade de saber o que está certo e o que está errado, quem e quando é que alguém lhes mostrará?

Ainda hoje tive uma reacção passiva com um dos alunos. É um aluno que necessita de imensa atenção, tenta ser de certa forma o mais bacano, o fixe da turma e não sei quê. Tretas! Precisa dessa espécie de aprovação para ter uma boa auto-estima apenas. E independentemente de não ser a sua autoridade master na sala de aula (tenho o acompanhamento do professor de Área de Projecto e a minha espécie de coordenadora, que também é a professora deles de Educação Física), ele já tem idade para saber o significado da palavra respeito. Saber quando tem que fechar a matraca que o tem feito um dos miúdos mais chatos que se inseriu na minha vida todas as quartas-feiras.

Perante um aluno destes, que apenas tem é corpo, mas cabeça só a usa para o que lhe convém, devemos ter uma atitude passiva visto que ele já tem uma idade em que muito ou pouco nada se alterará? Ou devemos continuar a insistir e nunca desistir de regar aquele feijãozinho que habita dentro da sua cabeça há já alguns anos?

Custa-me ter uma atitude passiva, porque com essa questão vem outras como ‘se eu deitar as beatas dos cigarros que fumo para o caixote, o mundo vai ser um local mais limpo, mas para quê faze-lo se mais ninguém o faz?
Mas o problema está mesmo ai, se ninguém o faz e eu também não o fizer, quem o fará?
Sentarmos à espera que alguém um dia o faça?
Não! Pois quando der por mim já pode ser tarde demais.
Mas sozinha conseguirei mudar alguma coisa?

23 de março de 2010

Homicidio 'mimos'

Ontem a minha mente queria pregar-me uma partida e matar a minha querida amiga 'mimos'. Estava na estação à espera do comboio, depois de ter esfumado uma longa semana em casa, quando a deixei cair, inconscientemente, para a linha do comboio. Tinha sido um homicídio bastante claro aos olhos de todas aquelas pessoas que também iriam para a faculdade, que se encontravam na mesma linha que eu. Mais claro ainda, foi para as pessoas que estavam na linha em frente e viram tudo na primeira fila do espectaculo.

Aparentemente não tive reacção.
De repente vejo a minha amiga C.R a ir buscá-la à linha e a entrega-la ao meu braço esquerdo novamente.

Tinha intenção de tornar a nossa amizade bastante mais forte, ao traze-la para a faculdade, para que me acompanhasse nessa longa viagem, e magoei-a.
Senti isso quando, ao cair da noite, começei a aperceber-me de que me doia imenso a mão esquerda.
Foi vingança!
Ao menos estamos quites.

Hoje já não a levei a passear para festejar o aniversário do meu amigo G.O.
Tive medo de ferir novamente os seus sentimentos.
Mas não quero que pense que me andei a aproveitar dela.
Simplesmente chegou a hora de um 'até amanhã'.

ps - espero que esse 'amanhã' não venha tão cedo, se possível nem apareça. Sem ofensa!.


18 de março de 2010

As amigas

Tenho a dizer que superei as expectativas das minhas novas amigas. Ontem levei-as a passear pela baixa de Setúbal, até à Secundária Sebastião da Gama. Tinha mais uma aula para dar com a minha colega (principalmente amiga) C.
Confesso que os primeiros dois dias, da nossa relação, não foram muito positivos, pois não fui muito com a cara delas. Não sei se é por serem cinzentas e de metal, originando uma ideia de que são frias e cruas. Também, apesar de termos começado com o pé direito (visto que é o pé esquerdo que tenho lesionado), deram-me muitas dores no resto do corpo. Perguntei-me afinal se me doía o pé ou as mãos, ou até mesmo o corpo todo.
Apesar de alguns terem contrariado o meu ser, e até me terem dito que há momentos e momentos, agora é o momento do teu corpo descansar. Mas o facto é que o relógio não perdoa, nem mesmo quando precisamos dele, ele pára um segundinho.
Por isso ontem preenchi o meu corpo e alma de coragem e arrisquei!
Foi como uma despedida.
Amanha já começarei a larga-as literalmente da mão e deixar que o meu pé comece a ser um pouco autónomo.
Espero que não o tenho habituado mal!

Se todo este processo valeu a pena, então amanhã poderei sentir o mundo aos meus (dois) pés novamente.

14 de março de 2010

Novas amigas

Estas são as minhas novas amigas do coração.
Neste caso - amigas do meu pé esquerdo.
Hoje passei um belo domingo no hospital, para perceber porque é que o meu pé esquerdo tem andado a chatear-me tanto nos últimos dias.
Sinceramente, após 4h no hospital, percebi o que é que ele tem, mas ainda não sei dizer o nome do dilema.

Apresentaram-me estas novas amigas como solução nos próximos 5 dias.
Já tinha experiênciado alguns momentos com uma das suas irmãs gemeas. E criamos uma relação amor-ódio. Apesar de me terem ajudado, também me criaram algumas lesões na mão.

Agora, uma coisa é uma. Mas duas novas amigas ao mesmo tempo, não estou preparada!
Já lhes pedi desculpas, antes que se fartem das minhas caras de tédio que irei fazer perante a sua presença.
Confesso que não tivemos um bom começo - nos primeiros 5 minutos já estava a desesperar pelas dores nas mãos que me estavam a dar. Mas compreendo a situação.
Sei que estão aqui para me ajudar!

Vou tentar ser uma boa companheira, esperando o mesmo delas.

12 de março de 2010

Ser

Estou feliz?
Sou feliz?

Se sou feliz é porque já estive feliz.
Se estou feliz, ainda poderei ser feliz.

Estou feliz.

A verdadeira felicidade procura-se?
A única felicidade encontra-se!

10 de março de 2010

Tipo #4

Adoro boas horas como a deste preciso momento.
Adoro fazer trabalhos para a faculdade.
Adoro ter que me levantar amanhã novamente as 5 e meia da manhã.

ps - Ainda vou a tempo de dormir pelo menos 4h.

4 de março de 2010

HOJE ÀS 12H15





Cada vez mais se tem falado que o mundo acabará em 2012.
Parece que muitas pessoas se têm consumido com esta afirmação.

Ontem, li a crónica do Fernando Alvim, que leio todas as quartas-feiras, no jornal METRO. Falava sobre isto mesmo - o fim do Mundo. A diferença é que ele afirmava que o Mundo iria acabar hoje às 12h15. Concordei com ele, quando ele disse que era injusto, pois nem tinhamos tempo para almoçar, e reconfortar o nosso estômago.

Pensei um pouco mais sobre este assunto e lembrei-me de que a essa hora, iria estar no comboio, para mais um longo percurso até à faculdade. Que maneira mais horrível e ingrata de morrer. É que nem sequer iria ter rede para mandar mensagens ou telefonar a quem me apetecesse dizer algo importante que ainda não tivesse dito.

Pensei que se o Mundo acabásse não saberia qual a melhor maneira de terminar a minha estadia nele. Pensei que estar a dormir ao som de uma boa música, iria estar bem comigo própria. Mas rapidamente lembrei-me de que há tantas boas músicas, e apenas se se formava mais um problema - qual a última música que iria escolher para ouvir?

Mas hoje o dia tem me trocado as voltas, não tive a aula da manhã na faculdade, então só iria apanhar o autocarro para Lisboa às 12h15. Pois é! 12h15! Iria passar os meus últimos minutos a fazer das piores coisas que faço - esperar por um autocarro, fumando um cigarro. Realmente o Mundo é ingrato. Andamos nos a esforçar todos os dias, para termos uma boa vida, para sermos felizes, e de um momento para o outro ... PUFF!

Já passa das 12h15 e ainda estou aqui.
Tu ainda estás a ler o meu rascunho.
Será que é só em 2012?

Em 2012 é quando o meu B.I caduca, e gostava tanto de fazer o Cartão do Cidadão. É que a minha carteira já não suporta aquela cartolina a qual chamam Bilhete de Identidade. Ocupa imenso espaço e não lhe dou muito uso.

Acabe ou não acabe o Mundo em 2012, não vou esperar sentada a pensar nisso. Perdoem-me! Mas há coisas melhores para pensarmos ou simplesmente não pensarmos em nada.