22 de fevereiro de 2012

Compreender

Henry Miller afirmou que tudo aquilo que não podemos incluir dentro da moldura estreita de nossa compreensão, nós rejeitamos. E creio que não poderia estar mais certo. Infelizmente isto acontece tanto que até doí a alma ao concluir tal pensamento.

Não devia ser assim. Devias tentar abrir espaço nessa moldura para tentar compreender para não rejeitarmos, porque ao rejeitarmos nem tentamos, à partida a oportunidade de tentar não pertence à moldura. Mas é uma atitude tão nossa como ser humano. É como se vivêssemos no nosso mundinho e tudo o que não faz parte dele não importa, não merece a tal oportunidade para uma possível inclusão.

Deste modo não se possui o que não se compreende, como afirmou Johann Goethe. Porque ao não compreendermos algo, esse algo não faz parte de nós, ou seja não possuímos nem nos pertence tal ideia.

Porém Charles Baudelaire afirmou em tempos que a admiração começa onde acaba a compreensão. E admirarmos algo, alguém, é das coisas mais bonitas e simples que o ser humano tem como capacidade. 

Quero esta admiração e quero admirar simultâneamente.



15 de fevereiro de 2012

Pessoa em Lisboa!

Já estávamos a precisar de algo assim na nossa Lisboa.
Esta semana fui ver a exposição na Gulbenkian sobre o Fernando Pessoa. Devo ser uma das milhares de fãs dele, e como tal não pude deixar de passar por lá. Mas como sou daquelas fãs que fica literalmente colada a ler e a ver tudo o que diz respeito ao nosso Pessoa, tenho que lá voltar novamente. Fiquei completamente deslumbrada com todas aquelas palavras que me consomem à anos, palavras que me fazem refletir e pensar sobre a vida, mas principalmente questionar o eu, como individuo e ser uno.
Quem é que é capaz de perder tal coisa?

13 de fevereiro de 2012

21

Mais um ano que se passou sem ter recebido a prenda que mais queria - o teu abraço. Sei que ficarias orgulhoso por tudo o que tenho conquistado, principalmente nos últimos tempos. Mas de uma forma ou de outra sei que o estás. Sinto! O tempo vai passando e a saudade aumenta. E irá ser sempre assim. Faça 21 ou 51 anos! Mas não esqueci, impossível esquecer de quem fez e continua a fazer parte de mim. Nunca irás morrer aos meus olhos, porque sei que aos teus estarei sempre guardada e protegida. Esta vela, que tenho desde que nasci, está a terminar. Ao queimar o ano que passou parece que estamos a esquece-lo e a entrar num novo ano, numa nova etapa, mas que sabemos que tem um tempo. Esse tempo passará e mais um ano se queimará. Realmente a vida é como uma chama, pois um dia ela apagá e não existirá forma de a acender novamente, porque o pavio chegou ao fim.