22 de fevereiro de 2012

Compreender

Henry Miller afirmou que tudo aquilo que não podemos incluir dentro da moldura estreita de nossa compreensão, nós rejeitamos. E creio que não poderia estar mais certo. Infelizmente isto acontece tanto que até doí a alma ao concluir tal pensamento.

Não devia ser assim. Devias tentar abrir espaço nessa moldura para tentar compreender para não rejeitarmos, porque ao rejeitarmos nem tentamos, à partida a oportunidade de tentar não pertence à moldura. Mas é uma atitude tão nossa como ser humano. É como se vivêssemos no nosso mundinho e tudo o que não faz parte dele não importa, não merece a tal oportunidade para uma possível inclusão.

Deste modo não se possui o que não se compreende, como afirmou Johann Goethe. Porque ao não compreendermos algo, esse algo não faz parte de nós, ou seja não possuímos nem nos pertence tal ideia.

Porém Charles Baudelaire afirmou em tempos que a admiração começa onde acaba a compreensão. E admirarmos algo, alguém, é das coisas mais bonitas e simples que o ser humano tem como capacidade. 

Quero esta admiração e quero admirar simultâneamente.



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