4 de janeiro de 2010

Rascunho mais que riscado

Mais um choque que me matou mais um pouco
Em vez de me furar toda por completo
Vai furando deixando o meu coração louco
Sem sequer conseguir ouvir o meu proprio eco

Não consigo guardar este rascunho
Por mais riscos que lhe faça
E lhe bata fortemente com o punho
Há sempre ainda algo que o amassa

É como uma página que não consigo guardar
Até já desisti de rasgar
Por mais que tente não o quero recordar
Porque só me consigo magoar

Haverá algo mais verdadeiro do que a cumplicidade?
Algo que nos cria um brilho no olhar
Sentimentos numa eterna profundidade
E nem nos queremos questionar

Mas só quero é deitar tudo isto fora
Porque só assim é que crescemos
E construo a pessoa que sou agora
Apesar de, nem tu nem eu, não nos esquecermos.

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