Ainda não me sinto totalmente capaz para relatar os últimos dias.
Há exactamente um mês atrás estava em Grândola a rastejar o meu corpo, precionando-o para arrumar a bagagem para voltar para Lisboa, devido às sobras da passagem de ano.
Hoje estou a rastejar o meu corpo, já em Lisboa, devido às sobras da pequena viagem a Lagoa de Albufeira. Esqueçam! Foi como um retiro para um mundo completamente à parte. Mas que mais posso pedir depois de tudo o que vivi estes dias?
Descansso! Sim! Vivi os últimos meses a dormir em pé, para construir as cadeiras da faculdade, para que as terminasse exactamente como me era exegido, num curto espaço de tempo. Retiro-me uns dias para o belo do Repouso, e volto apenas a pedir um verdadeiro repouso. Estupidamente percebi que não paramos, por mais repouso que tenhamos acabamos por querer sempre mais e mais, como se nada nos desse satisfação suficiente.
Estou mesmo a morrer.
Mal abro as pestanas, como se ainda estivesse na cama a sonhar com tocas e coelhinhos.
Mal sinto os dedos no teclado, como se eles correrem pelas teclas, sem darem um tempo de espera para que a minha mente os acompanhe.
Foram dias surreais.
Ouvi e vi tantas coisas que apenas dou graças a deus de ter os amigos que tenho.
A sério, sou previlegiada!
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