10 de fevereiro de 2010

Amanhã

Será que o impossivel existe?
E o perfeito?
E o para sempre, existe?
E o nunca?

Quatro e apenas quatro palavras que sempre me fizeram confusão no meu dicionário. Sempre tentei tratar bem do meu dicionário, fazendo com que ele fosse o mais completo possível. Mas há palavras que ele sempre fez questão de rejeitar. Até ao momento de eu perceber o seu verdadeiro significado.

E o amanhã existe mesmo?

Não existeria o hoje se não existisse o amanha, que foi o ontem de anteontem.
Para mim nunca existiu amanhã.
Apenas contava com o hoje.

Mas hoje sinto que preciso de o amanha, para estar bem hoje.
E talvez isso seja motivo para eu estar preparada (finalmente) para fazer o tal reset que ando a prometer à minha máquina à tanto tempo.

Hoje quero mais que tudo que esse reset se realize hoje, para que amanhã possa finalmente estar bem. Para que finalmente possa libertar o disco C de tantas memórias que já o fui preenchendo.

Hoje encontrei a perfeição no impossível, nas coisas mais simples, mais insignificantes. Pormenores.
Uma perfeição que só existe amanhã, pois é algo que se vai construindo (não se adquire).
Talvez por achar que o amanhã não existiria, nunca tenha encontrado a perfeição.

Hoje percebi que o nunca e o sempre são das palavras mais fortes. Basta uma palavra destas para acabar com a nossa máquina num segundo. São como armas mortiferas. Como se nos matassem sem sequer nos darem a oportunidade de dizer seja o que for.

Ou então não.

Nunca será impossivel acreditarmos para sempre em algo perfeito.

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